sexta-feira, 20 de maio de 2016

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA OU INSTITUCIONAL. EXISTE ALGUMA DIFERENÇA?


Ouvimos muito falar sobre a Psicopedagogia, mas sempre fazemos relação com o atendimento clínico. A verdade é que os cursos de Psicopedagogia formam profissionais aptos para trabalhar tanto na área clínica como na institucional; no caso desta última, trata-se de instituições escolar, hospitalar e empresarial.

Existe alguma diferença na atuação do profissional clínico e institucional, ou é apenas uma questão de ambientes diferentes?

Sim existe. O Psicopedagogo clínico trabalha em consultório atendendo crianças, jovens ou adultos, com dificuldades de aprendizagem, tendo a parceria de outros profissionais (Pediatra, Neuropediatra, Fonoaudiólogo, Psicólogo, Psicomotricista, dentre outros) para o caso de haver necessidade de encaminhamento. Neste caso, o profissional atua em uma linha terapêutica, onde diagnostica, desenvolve técnicas remediativas, orienta pais e professores de forma que seu trabalho seja integrado e não individual.

Já o Psicopedagogo institucional dá assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do processo de ensino-aprendizagem, assim como para prevenção dos problemas de aprendizagem. Utilizando de técnicas e métodos próprios, possibilita a intervenção Psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar procura construir um espaço adequado às condições de aprendizagem e consequentemente evitando comprometimentos.

Dentre suas atribuições, destacam-se:

Participação na dinâmica das relações da comunidade educativa a fim de favorecer o processo de integração e troca.

Orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos.

Realização do processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo.

Contribuição com as relações, visando à melhoria da qualidade das relações inter e intrapessoais dos indivíduos de toda a comunidade escolar.

Desenvolvimento de projetos socioeducativos, a fim de resgatar valores e autoconhecimento.

Desenvolvimento de ações preventivas, detectando possíveis perturbações no processo de ensino- aprendizagem.

Existe alguma semelhança na atuação do profissional clínico e institucional?

Sim existe. Independentemente da área de atuação, o profissional precisa conhecer e compreender como se dá o processo de construção do conhecimento, assim como conhecer as dificuldades de aprendizagem e possíveis formas de intervenção. Precisa saber até onde pode ajudar e o momento certo para fazer o encaminhamento. Seu trabalho nunca é individual; deve buscar constante aprimoramento.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/30071/psicopedagogia-clinica-x-institucional-do-que-se-trata#ixzz49DS06S6t


COMO TRATAR A DISGRAFIA

O tratamento da disgrafia requer uma estimulação linguística global e um atendimento Psicopedagógico complementar à escola.

Lembrando que todo acompanhamento/tratamento Psicopedagógico deve iniciar pela Avaliação - Psicodiagnóstico (avaliação de outros fatores associados aos fracassos caligráficos: aspectos intelectuais, aspectos da personalidade, sondagem pedagógica), para que sejam detectadas as verdadeiras dificuldades, pautando-se da perspectiva clínica.

A reeducação, para além de ser terapêutica e eficaz, deve ser interessante e amena para a criança que, não se pode esquecer, sofre com as suas dificuldades na escrita. Tanto os pais, como os professores devem conhecer a necessidade de uma avaliação, com vistas a um Diagnóstico Diferencial, e também ao tratamento necessário para cada caso de Disgrafia.

Até a próxima!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

POR QUE PROCURAR UMA PROFESSORA DE REFORÇO?

Ninguém é igual a ninguém, portanto é natural e esperado que o ritmo de aprendizado seja diferente para cada criança. Ao longo do ano, sempre aparecem defasagens entre os alunos: uns são mais rápidos, outros têm mais dificuldade. Para que esses desníveis não se acentuem com o tempo é preciso dispor de um tratamento mais individualizado.
No reforço, os alunos com essas chamadas defasagens - diagnosticadas por professores, com apoio da coordenação ou da diretoria - são reunidos em pequenos grupos ou individualmente para aulas mais dirigidas. Assim são resolvidos problemas pontuais de assimilação de conteúdo.
O reforço pode ser a oportunidade de a criança aprender a estudar de forma diferente da que vinha adotando. Como estará em um grupo menor e com mais atenção do professor, ela percebe que método funciona melhor: ler em voz alta, fazer resumos ou exercícios.
Nào espere o fim do semestre para procurar ajuda para seu filho
Até a próxima ! ;)

COMO AJUDAR SEU FILHO A DESENVOLVER SEU POTENCIAL NOS ESTUDOS

É muito comum crianças e adolescentes passarem por dificuldades em algumas matérias na escola. Mas isso não precisa se tornar um problema se os pais se interessarem e passarem a participar da vida escolar de seus filhos.

Envolver-se na educação de seus filhos, mesmo que seja da forma mais simples possível, mostrará a ele que você se preocupa com sua vida escolar. Nunca é cedo ou tarde demais para se começar.

Não importa qual seja a situação da família. Ajudar a criança ou adolescente a desenvolver uma atitude mais positiva em relação a sua própria aprendizagem é papel fundamental para o sucesso escolar.

Embora muitos pais estejam sobrecarregados com o trabalho, existem muitas maneiras de se envolverem na educação do filho. Podem ajudá-lo inspirando-o a superar suas dificuldades e fazendo-o acreditar que é capaz de muito mais.

1-Seja presente na escola:

O erro de muitos pais é procurar a escola somente quando surge algum problema grave e ele é chamado, ou quando percebe que as notas de seu filho não estão muito boas.

Mas o ideal não é esperar que algo grave aconteça para poder procurar a escola. Fazer o acompanhamento escolar do filho é essencial para que ele se sinta mais seguro e responsável.

Por isso seja sempre presente. Olhe sua agenda e cadernos todos os dias, pergunte como foi o dia na escola. Caso seja difícil ir à escola, pelo menos ligue de uma a duas vezes por mês e converse com o responsável sobre o desempenho de seu filho.

2-Incentive e elogie:

Tente dar incentivo e mostre apreciação pelas realizações do seu filho, sejam elas grandes ou pequenas. Isso ajuda e aumenta sua autoconfiança. Tente sempre dar um feedback e não críticas. Isso pode auxiliar a criança ou adolescente para que eles percebam onde podem estar errando e como melhorar, em vez de ficarem se sentindo um fracasso.

Procure ser realista, mas não coloque seu filho sobre pressão. Não coloque muitas expectativas sobre ele. Deixe-o se desenvolver dentro de seu próprio ritmo. Se perceber que ele não está dando conta, talvez seja hora de incentivá-lo a fazer um reforço escolar.

3–Verifique se seu filho o comunica sobre os avisos ou ocorrências que são enviadas para casa:

Quando o pai é presente na vida escolar do filho, fica mais fácil acompanhar as atividades e demais situações do dia a dia. Mas todos sabem que é muito comum a criança e principalmente o adolescente esconderem dos pais aquelas indesejadas ocorrências.

Por isso esteja sempre atento à agenda estudantil e procure saber se eles estão comunicando sobre os acontecimentos da escola. Uma boa forma de saber o que se passa na escola também é acompanhar o site ou Facebook, que hoje a grande maioria das instituições escolares já possui.

 4-Crie um vínculo de comunicação e amizade:

Manter um diálogo aberto e menos opressor é uma forma dos filhos se abrirem com os pais. Amizade e confiança fará com que eles se sintam à vontade para falarem de seus problemas e inseguranças. É o melhor caminho para uma relação amistosa e aberta entre pais e filhos.

5-Ajude seu filho com suas dificuldades:

Muitas vezes, por mais que os pais queiram se torna impossível acompanhar o filho em seus deveres de casa ou auxiliá-lo em suas dificuldades escolares. Por isso, talvez encontrar uma escola de reforço escolar seja o melhor caminho para que ele possa se sair melhor em seus estudos.


Reforço Escolar: Como Ajudar seu Filho a Desenvolver seu Potencial nos Estudos

Se seu filho está tendo dificuldade em alguma matéria ou em fazer o dever de casa é imprescindível para ele fazer um reforço escolar. Na maioria das vezes a criança e o adolescente estão com dificuldades em uma disciplina e ficam intimidados em perguntar para o professor durante as aulas.

No reforço escolar eles terão um acompanhamento individualizado, onde o professor pode focar as causas específicas das dificuldades de cada aluno, ajudando-o a desenvolver todo seu potencial e eliminando toda e qualquer dificuldade. Dessa forma o professor passa a contextualizar o conteúdo com o ritmo individual de cada um.

O reforço escolar pode ajudar seu filho a descobrir uma fórmula melhor de estudo. Cada pessoa tem uma maneira diferente de aprender. O professor que estará fazendo o acompanhamento individualizado terá condições de perceber quais são os sentidos que a criança e adolescente mais têm facilidade de usar para aprender.

Alguns alunos são mais visuais, portanto preferem ler e fazer resumos, outras são mais auditivas e preferem ouvir o professor e repetir para si mesmas as coisas que ouviu. E muitas outras podem ser sinestésicas e associarem o aprendizado com outros fatores.

Quando o professor descobre como o aluno associa melhor o conteúdo, este passa a ter maior motivação para a aprendizagem. O estudo passa a ser mais prazeroso e menos maçante.

O acompanhamento do aluno através do reforço escolar fará com que ele desenvolva novos hábitos de estudo. Ensinará a ele a estabelecer uma rotina. Gerenciar seu tempo, organizar seu material e ter maior responsabilidade com o estudo para avaliações, deveres de casa etc.

Enfim, é muito importante para os pais perceberem que os jovens hoje vivem e aprendem em dois mundos: Em casa e na escola. Por isso a forma como os dois se relacionam e se comunicam faz uma grande diferença na aprendizagem.

Cabem, portanto, aos professores, pais e filhos um diálogo aberto e franco, onde todos tenham o direto de falar e ouvir. Só assim o processo ensino aprendizagem e as relações humanas podem ser mais eficientes.

Sabendo disso, a Triunfo oferece aulas de Reforço totalmente voltadas para as dificuldades de qualquer disciplina. Aqui ele encontrará todo apoio pedagógico que precisa para avançar e desenvolver suas melhores habilidades para a vida e para o estudo. Aqui nós vamos direto ao ponto e fazemos com que seu filho retome sua autoestima e gosto pelo estudo.

Venha. Não perca tempo! Afinal é o futuro de seu filho que está em suas mãos!

O QUE É DISGRAFIA?

Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores. A execução motora da escrita exige maturação de Sistema Nervoso Central e Periférico e, certo grau de desenvolvimento psico-motor.

Por definição, Disgrafia é o transtorno da escrita, de origens funcionais, que surge nas crianças com adequado desenvolvimento emocional e afetivo, onde não existem problemas de lesão cerebral, alterações sensoriais ou história de ensino deficiente do grafismo da escrita.

As causas podem ser várias: neurológica, psicológica, oftalmológica e /ou audiológica.

O problema acarretado por estas causas é sempre a dificuldade de coordenar a letra para a Escrita-Disgrafia e por estes fatores, é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível. A Disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.

Características são:

Lentidão na escrita/Letra ilegível;
Escrita desorganizada;
Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves;
Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial;
Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha;
Desorganização das letras: Letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos con-trários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo);
Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida;
O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares;
Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
O Disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.

Tipos: Podemos encontrar dois tipos de Disgrafia:

Disgrafia Motora (Discaligrafia) - A criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever; Disgrafia Perceptiva - Não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da Dislexia sendo que esta está associada à leitura e a Disgrafia está associada à escrita.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM



A família, está diretamente ligada as atitudes comportamentais da criança. Na maioria das vezes a influência que os pais exercem sobre seus filhos é inconsciente, pois não tem consciência de que seus comportamentos, sua maneira de ser e de falar, de tratar as pessoas, de enxergar o mundo, tem enorme influência sobre o desenvolvimento do seu filo.

A influência que a vida familiar exerce sobre as crianças não se restringe apenas a lhe oferecer modelos de comportamento , mas também no desenvolvimento moral da criança. O estilo familiar , os padrões de punição, o sistema de crença , os valores, a forma como estão estruturadas e o modo como as crianças são tratadas são elementos que tem impactos importantes no desenvolvimento das habilidades sociais. Famílias agressivas e restritivas formam crianças que tendem a manifestar um comportamento de isolamento social, de dependência e habilidade reduzida para solucionar problemas . As famílias super protetoras tendem a formar crianças inibidas, dependentes com baixa autoconfiança , baixa autoestima e tímidas. Já as famílias que incentivam seus filhos nas suas atividades , que compreendem e os encorajam para progredir tendem a formar crianças mais fortes e confiantes para superarem suas dificuldades.

Os sentimentos que os pais transmitem à criança, durante os anos que antecedem à escola , são de extrema importância para o desenvolvimento da aprendizagem escolar da criança. A dificuldade que os pais tem de demonstrarem afeto e carinho por seus filhos pode fazer com que eles se inibam, se retraiam no contato com outras pessoas, e seu desenvolvimento sentimental e emocional pode ser abalado trazendo consequências em sua vida. O afeto desempenha um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem afeto não haveria interesse, nem necessidade , nem motivação e consequentemente perguntas ou problemas nunca seriam colocados.

" Os pais têm um papel importante no processo de desenvolvimento da autonomia. Se eles encorajarem as iniciativas da criança , elogiarem o sucesso, derem tarefas que não excedam as capacidades da criança, forem coerentes em suas exigências e aceitarem os fracassos , estarão contribuindo para o aparecimento do sentimento de auto confiança e auto estima." ( Coria-Sabini , 1998:65)

Não há como ignorar que a forma como as famílias estão estruturadas podem interferir no processo ensino aprendizagem , pois as crianças que vivem em famílias que tem uma interação saudável com presença de uma união estável e coesa , com capacidade de diálogo , com recursos para ter uma vida digna, apresentarão na maioria das vezes, excelentes resultados durante toda sua vida escolar e social. Já os membros de uma família desestruturada, geralmente se mostram defensivos, distantes, agressivos e tendem a apresentarem, na maioria das vezes, dificuldades em sua vida escolar e social.

A ausência da participação da família no ensino aprendizagem dos alunos, podem ocasionar baixo desempenho e até mesmo a repetência escolar. Muitos pais vê a escola como local de depósito de crianças , vão matriculam seus filhos e só aparecem na escola quando seus filhos estão com problemas, baixo desempenho ou quando a coordenação manda chamá-lo. Sem a família não há como promover uma boa educação. A participação dos pais na vida escolar de seus filhos é condição indispensável para que a criança se sinta amada e motivada a obter avanços em sua aprendizagem. Sendo assim a família e a escola precisam ser parceiras para que os alunos possam realmente ter um maior aproveitamento na aprendizagem, não basta apenas a escola se preocupar na aprendizagem , e os pais não se preocuparem. Segundo as autoras Rocha & Machado (2002, p.18) o envolvimento familiar traz também benefícios aos professores que, regra geral, sente que o seu trabalho é apreciado pelos pais e se esforçam para que o grau de satisfação dos pais seja grande.
Pode-se perceber diante desse contexto que a família é parte fundamental no processo ensino aprendizagem podendo interferir de maneira direta nas relações das crianças com o ambiente escolar e com o mundo que a cerca. Nesse sentido faz-se necessário o professor conhecer a realidade familiar a qual o aluno está inserido, conhecer quais são os anseios, angustias e necessidades vivenciadas pelos alunos, pois assim poderá compreender o por que das dificuldades demonstradas no processo ensino aprendizagem .




segunda-feira, 9 de maio de 2016

O QUE É DISCALCULIA?

A discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência.

Crianças portadoras de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.

Ladislav Kosc descreveu seis tipos de discalculia: a discalculia léxica, discalculia verbal, discalculia gráfica, discalculia operacional, discalculia practognóstica e discalculia ideognóstica.

Discalculia léxica: dificuldade na leitura de símbolos matemáticos;Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos;Discalculia gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos;Discalculia practognóstica: dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos reais ou em imagens;Discalculia ideognóstica: dificuldades nas operações mentais e no entendimento de conceitos matemáticos.

Para que o professor consiga detectar a discalculia em seu aluno é imprescindível que ele esteja atento à trajetória da aprendizagem desse aluno, principalmente quando ele apresentar símbolos matemáticos malformados, demonstrar incapacidade de operar com quantidades numéricas, não reconhecer os sinais das operações, apresentar dificuldades na leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a multiplicação e a divisão. Caso o transtorno não seja reconhecido a tempo, pode comprometer o desenvolvimento escolar da criança, que com medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem adota comportamentos inadequados, tornando-se agressiva, apática ou desinteressada.

O psicopedagogo é o profissional indicado no tratamento da discalculia, que é feito em parceria com a escola onde a criança estuda. Geralmente os professores desenvolvem atividades específicas com esse aluno, sem isolá-lo do restante da turma.



O QUE É DISCALCULIA?

A discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência.

Crianças portadoras de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.

Ladislav Kosc descreveu seis tipos de discalculia: a discalculia léxica, discalculia verbal, discalculia gráfica, discalculia operacional, discalculia practognóstica e discalculia ideognóstica.

Discalculia léxica: dificuldade na leitura de símbolos matemáticos;Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos;Discalculia gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos;Discalculia practognóstica: dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos reais ou em imagens;Discalculia ideognóstica: dificuldades nas operações mentais e no entendimento de conceitos matemáticos.

Para que o professor consiga detectar a discalculia em seu aluno é imprescindível que ele esteja atento à trajetória da aprendizagem desse aluno, principalmente quando ele apresentar símbolos matemáticos malformados, demonstrar incapacidade de operar com quantidades numéricas, não reconhecer os sinais das operações, apresentar dificuldades na leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a multiplicação e a divisão. Caso o transtorno não seja reconhecido a tempo, pode comprometer o desenvolvimento escolar da criança, que com medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem adota comportamentos inadequados, tornando-se agressiva, apática ou desinteressada.

O psicopedagogo é o profissional indicado no tratamento da discalculia, que é feito em parceria com a escola onde a criança estuda. Geralmente os professores desenvolvem atividades específicas com esse aluno, sem isolá-lo do restante da turma.



quinta-feira, 5 de maio de 2016

DISTÚRBIO, TRANSTORNO OU DIFICULDADE?


Aprender é um processo pelo qual o comportamento se modifica em conseqüência da experiência. E, para que a aprendizagem aconteça, é necessário haver integridades básicas das funções psicodinâmicas (aspectos psicoemocionais), do sistema nervoso periférico (canais para a aprendizagem simbólica) e do sistema nervoso central (armazenamento, elaboração e processamento da informação).

Se uma ou mais funções estão comprometidas, crianças, adolescentes ou adultos apresentam desempenho acadêmico abaixo do esperado e, por isso, são comumente rotulados como pessoas com problemas de aprendizagem. Atualmente, no entanto, quando profissionais de saúde e educação têm à sua disposição os conhecimentos gerados pelas neurociências, já não é possível continuarmos a fazer tal generalização. Afinal, intervenções precisas só podem ser realizadas se, a partir dos sintomas observados, forem feitos diagnósticos corretos.

Primeiramente, é preciso que reconheçamos as diferenças entre distúrbio, transtorno e dificuldade, o que acontece com base não só na região cerebral afetada e na função comprometida como também nos problemas resultantes.


A palavra distúrbio pode ser traduzida como "anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural". Assim, o distúrbio é uma disfunção no processo natural da aquisição de aprendizagem, ou seja, na seleção do estímulo, no processamento e no armazenamento da informação e, conseqüentemente, o problema aparece na emissão da resposta. É um problema em nível individual e orgânico, que resulta em déficits nas medidas das habilidades de linguagem: fala, leitura e escrita. É uma disfunção na região parietal (lateral) do cérebro, com falha na atenção sustentada, no processamento do estímulo e na resposta que é dada a ele, causando lentidão no processamento cognitivo e na leitura, sem comprometimento comportamental aparente.

O transtorno decorre de uma disfunção na região frontal do cérebro, que provoca perturbação na pessoa devido à falha na entrada do estímulo, e da integração de informações, comprometendo a atenção seletiva e gerando impulsividade e dificuldade vísuo-motora. As respostas em tarefas que exigem habilidade de leitura e memória de trabalho são inibitórias. Com isso, esse quadro transtorna a vida da pessoa, em razão do evidente comprometimento comportamental.

Por serem de origem interna, distúrbios e transtornos independem do desejo que o portador possa ter de desempenhar atividades da forma que a família, a escola ou a sociedade esperam dele. Ele precisa, portanto, de ajuda especializada, para atingir os objetivos de desempenho social e acadêmico satisfatório.

Já a principal característica da dificuldade é ser escolar. Nas dificuldades escolares estão inseridos os atrasos no desempenho acadêmico por falta de interesse, perturbação emocional, inadequação metodológica ou mudança no padrão de exigência da escola, quer dizer, advêm de diversas alterações evolutivas normais que, no passado, já foram consideradas como alterações patológicas.

Pain (1981) considera a dificuldade de aprendizagem um sintoma, que cumpre uma função positiva, tão integrativa como o próprio aprender: por ser intimamente ligada às mudanças sociais e culturais, à escola, às metodologias empregadas e, muitas vezes, ao despreparo profissional, a percepção do problema e das suas origens é o caminho para a intervenção adequada, que passa também pelo exercício de uma melhor prática pedagógica.

Em resumo, distúrbios e transtornos de aprendizagem requerem uma equipe multidisciplinar, enquanto as dificuldades escolares pedem acompanhamento psicopedagógico, que possa minimizar as interferências externas que prejudicam a aprendizagem.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

O QUE É A MICROCEFALIA?

MICROCEFALIA é um defeito no crescimento do cérebro. O cérebro (parte mole) está contido dentro do crânio (parte óssea). O crânio de um bebé, ao nascer, é formado por vários ossos interligados, mas não soldados. O cérebro consegue crescer porque as suturas que os ligam ainda não estão soldados. Caso se fechem precocemente ocorre o que se chama de craniossinosteose. A calota óssea do crânio acaba impedindo que o cérebro cresça, trazendo consequências graves para a criança. É a principal causa da microcefalia (tamanho do crânio abaixo do normal).

O pediatra deve medir o perímetro cefálico (circunferência do crânio) do bebé no nascimento e mensalmente, até que ele complete um ano. Esse é o período de maior aceleração, de toda a vida da pessoa. O perímetro cefálico (pc) aumenta dois centímetros por mês, no primeiro trimestre de vida; um centímetro por mês, no segundo trimestre e meio centímetro por mês, no segundo semestre, crescendo, portanto, 12 centímetros no primeiro ano, o que corresponde a cerca de 80% do seu total.

A chamada moleira (fontanela anterior) fecha a partir de mais ou menos seis meses a um ano e meio. É um dado a mais a ser observado, embora esse tempo de fechamento varie muito de criança para criança. O pc é o parâmetro clínico mais importante.

Outro dado a que o pediatra deve ficar atento é para a simetria do crânio, já que nem sempre todas as suturas estão fechadas por igual.